Momento "by Night"

Esses dias tava me lembrando da época que eu tinha uns 14 anos (nem faz tanto tempo assim...). Não trabalhava, só estudava (ou não!)...era a época da fita K7, pelo menos pra nós. Os CDs já estavam na área, DVD tbm jah exisitia, mas nem se ouvia falar...mas o negócio mesmo era a fita k7. Não era como hj (não que esteja ruim...), que a gente quer ouvir uma música, liga o computador (isso p/aqueles que não ficam ligados 24hs por dia) e procura naqueles 50 Gb de "mp3" a música desejada e põe pra rodar. Quando não localiza, abre o Limewire, o Bit Comet, o Kazaa, o Napster (nosssa), ou qualquer algo do gênero e baixa em alguns minutos ou segundos, dependendo da abençoada conexão banda larga, que muitas vezes nem se provê de fios para ser acessada. Tendo a música em mãos, basta gravar em CD...não, não, isso já eh ultrapassado...basta passar para o celular/MP3 Player, via Bluetooth, e ouvi-la por ae ou então salvar em uma memória flash, vulgo Pen Drive, e curtir no Auto-Player MP3 do carro.
Vejo que toda essa tecnologia é um mal necessário, mas as vezes eu paro e penso "como era gostoso ouvir uma fita K7". E digo K7 porque nunca tive um toca-discos daqueles de vinil, o famoso "Bolachão", que era tão apreciado pelos amantes da nostalgia.
Naquela época ninguém namorava, a gente soh curtia as conversas com as mininhas, mas no fundo a gente sonhava com aquele amor platônico. Aquela era a época em que, ao chegar das 18h, todo mundo (toda mulecada) se entrava pra tomar banho, jantava correndo e voltava pra rua pra bater papo. A mulecada ficava de um lado da rua e as menininhas do outro lado, cada tribo contando vantagem entre si, mas no fundo, no fundo, o que queriam era impressionar a galera do outro lado da rua.
Quando era 22h jah era hora de ir deitar...deitar com a luz acesa, colocar o radinho "duplo-deck" em baixo da cama e curtir o "Maringá by Night". Músicas românticas, calmas...amor, paixão, depressão...não, depressão não...naquela época ainda não existiam músicas EMOtivas...eram músicas melosas, que mexiam com o sentimento da gente, e a gente pensava naquela pessoa que não existia. Ficava olhando pro teto e criando histórias fantasiosas com um ser imaginário, mas que naquele momento era tão real quanto o radinho "Duplo-Deck" embaixo da cama. Aquela música melosa tocava...era hora de entrar em ação a nossa velha e companheira "fita K7". Apertava o REC, com força, pq ele abaixava o PLAY simultaneamente e aguardava o final para então apertar o STOP e sentir aquela sensação de "a música é minha", aquela sensação de não ter que esperar a vontade da rádio para ouvir a música...ela estava ali para qualquer hora. E o pior eh que a gente curtia pra caramba aquela música de áudio horrivel, todo chiado, com a introdução cortada e com a vinheta da rádio no final.
Bons tempos, que se foram!
Hoje a realidade é outra. Deito na cama, apago a luz e fico com o fone de ouvido, do celular, ouvindo rock e pensando na vida.......inscrusivle, nas pessoas que fazem parte dela.

E sempre tem alguém mais especial ainda....

Abraço pra todos e um Beijão pra minha Claudinha!!!